Num dos post’s anteriores falamos sobre a Infertilidade Humana e a Reprodução Assistida - http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/11/infertilidade-humana-e-reproducao.html, no post de hoje vamos falar sobre as técnicas para combater a infertilidade.
1. Inseminação artificial on IUI (Intra-Uterine Isemination)
Pela inseminação artificial dá-se a transferência mecânica de espermatozoides, previamente recolhidos, tratados e selecionados, para o interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação. Este tratamento simples permite aumentar as hipóteses de fecundação.
2. Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization)
Esta técnica consiste na recolha de oócitos e de espermatozoides e da sua junção em laboratório. Previamente, administram-se à mulher substâncias que estimulam a produção de oócitos pelos ovários. Seguidamente, um ou mais oócitos são recolhidos por laparoscopia ou passando uma agulha através da parede vaginal. Só depois os gâmetas masculinos e femininos são misturados. A fecundação ocorre em ambiente extracorporal, numa placa de Petri. O zigoto ou zigotos continuam a ser incubados in vitro no mesmo meio e que ocorreu fecundação, até que se dêna sua segmentação.
Na realidade, a técnica IVF-ET (Embryo Transfer) completa-se com a transferência do embrião ou embriões (no estado de 2 a 8 células), para o útero, para que se possam implantar e desenvolver.
A IVF-ET foi a primeira metodologia de reprodução assistida adotada para casais estéreis, dando origem, em 1978, ao nascimento do primeiro bebé concebido fora do corpo da mãe.
3. Injeção intracitoplasmática de espermatozoides ou ICSI (Intra Cyto-plasmatic Sperm Injection)
Esta técnica consiste na microinjeção de um único espermatozoide diretamente no citoplasma de um oócito. Seguidamente, o embrião é implantado segundo a mesma técnica utilizada na IVF-ET.
A ICSI representou um grande passo no tratamento da infertilidade masculina, aquando do seu aparecimento, em 1992.
Uma vez que permite escolher o espermatozoide a utilizar, é usada numa grande variedade de situações, incluindo baixa contagem de espermatozoides, baixa motilidade, elevada percentagem de espermatozoides com forma anormal, obstrução ou vasectomia, etc.
Em muitos casos, a utilização da ICSI implica a obtenção de espermatozoides por via cirúrgica.
4. Transferência intratubárica de gâmetas ou GIFT (Gamete Intrafallopian Transfer)
Através da GIFT, os dois tipos de gâmetas (espermatozoides e oócitos, previamente isolados) são transferidos para o interior das trompas de modo que só aí ocorra a fusão. Neste caso, a fecundação tem lugar in vivo.
A GIFT foi utilizada em seres humanos, pela primeira vez, em 1984.
5. Transferência intratubárica de zigotos ou ZIFT (Zygote Intrafallopian Transfer)
Nesta técnica, ambos os tipos de gâmetas são postos em contacto in vitro, em condições apropriadas para a sua fusão. O zigoto ou zigotos resultantes são então transferidos por laparoscopia para o interior das trompas.
6. Diagnóstico genético pré-implantação, Biópsia de embriões ou PGD (Perimplantation Genetic Diagnosis)
As técnicas citogenéticas atuais permitem realizar um diagnóstico genético a uma única num período tão curto como a 4 ou 5 horas (os métodos clássicos geralmente requerem 10 a 15 dias e um elevado número de células). O PGD consiste na extração de um único blastómero de um embrião com 6 ou 8 células, sem o danificar (biópsia do embrião) e na sua caraterização cromossómica, antes de o transferir para o útero. Desta forma, pode-se efetua o rastreio de aneuploidias.
7. Crioconservação de gâmetas e de embriões
A conservação de espermatozoides e embriões excedentários por congelação a baixas temperaturas (geralmente recorrendo a azoto líquido, obtendo-se temperaturas abaixo dos -196 °C) é muito útil, sobretudo em situações de declínio de fertilidade. Em relação aos oócitos, ainda não existe uma técnica de crioconservação clinicamente satisfatória. A aplicação de qualquer técnica de reprodução assistida deve ser precedida de uma avaliação das causas da infertilidade. É importante que ambos os elementos dos casal sejam examinados, de forma a que se possa escolher o tratamento mais adequado à situação. Em cerca de 10% dos casos não é possível determinar as causas da infertilidade, mas mesmo nesses casos é ainda possível uma intervenção médica. As taxas de sucesso dos tratamentos contra a infertilidade variam de acordo com a técnica utilizada e de acordo com algumas outras condições, tais como a idade da mulher ou a duração da infertilidade anterior ao início do tratamento.
Por hoje é tudo!! Biobeijos e bioabraçooos!!








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