terça-feira, 3 de novembro de 2015

Contraceção

Como foi prometido, neste post falaremos dos métodos contracetivos não naturais!

Métodos contracetivos não naturais

   Estes métodos impedem a gravidez através de dispositivos locais, de medicamentos com hormonas sexuais sintéticas ou intervenções cirúrgicas.

1.    Contraceção hormonal
      A contraceção hormonal é, geralmente, administrada por via oral. As pílulas contracetivas mais comuns são as combinadas, isto é, contêm estrogénio sintético e progestagéneo (semelhante à progesterona), que desencadeiam um mecanismo de feedback negativo sobre o complexo hipotálamo-hipófise, impedindo a ovulação. Em cada 28 dias, uma pílula combinada é tomada diariamente, durante 21 dias, seguindo-se 7 dias sem tomar.
      Existem, também, as pílulas progestativas, que contêm apenas progestagéneo, cujo efeito principal, para além do impedimento da ovulação, é uma alteração no muco cervical, de forma a que este impeça a entrada de espermatozoides no útero. Essas pílulas são de toma diária, sem interrupção.
     A contraceção hormonal não é feita apenas por via oral. É possível, por exemplo, injetar progestagéneos sintéticos ou colocar implantes subcutâneas, anéis vaginais ou adesivos contendo estas hormonas. 


              Pílula Combinada                                                                                                          Pílula Progestativa




Implante subcutâneo



Anel Vaginal



Adesivo
2.    Dispositivos intrauterinos
      Os dispositivos intrauterimos (DIU) são pequenas peças de plástico ou de metal, que se inserem na cavidade uterina, de forma a impedir a implantação do embrião no endométrio. Os DIU podem ser inertes ou ativos. Neste último caso, libertam substâncias como cobre ou hormonas que dificultam a proliferação do endométrio.

3.   Espermicidas
      Os espermicidas são substâncias que se introduzem na vagina antes do ato sexual e que inativam ou matam os espermatozoides. Podem ter várias apresentações (cremes, espumas, esponjas, cones e comprimidos vaginais). Quando usados isoladamente, têm uma baixa eficácia, sendo muitas vezes usados em conjunto com outros métodos.


4.    Métodos de barreira
     A função destes métodos é impedir o encontro dos gâmetas masculino e feminino. Em todos os casos é necessário colocar o dispositivo antes do coito. Os preservativos, para além de serem um método contracetivo, conferem proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

4.1. O preservativo masculino é uma fina membrana, normalmente feita de látex, deve ser colocada no pénis assim que este fica ereto, antes da penetração, após a ejaculação deve-se retirar com cuidado. Cada preservativo não reutilizável.


4.2. O preservativo feminino consiste numa membrana de poliuretano, que deve ser inserida na vagina antes da penetração. Tal como o preservativo masculino só utilizado uma vez.


4.3. O diafragma é uma membrana de borracha que se insere na vagina antes do coito, de forma a cobrir o cérvix, impedindo o acesso dos espermatozoides no interior do útero. O diafragma pode ser reutilizado e se bem higienizado pode ser usado até 3 anos. Deverá permanecer colocado entre 6 e 24 horas após a relação sexual. É aconselhável o uso em simultâneo de espermicida.


5.    Contraceção cirúrgica
      A contraceção cirúrgica resulta num impedimento permanente da libertação de gâmetas e pode ser efetuada no homem ou na mulher.

5.1. A vasectomia (no homem) é um processo cirúrgico simples e rápido que consiste no corte dos canais deferentes, de forma a impedir que os espermatozoides passem para a uretra. Não é uma castração e não afeta os testículos. Após a cirurgia continua a haver ejaculação embora o líquido ejaculado não contém  espermatozoides.


5.2. A laqueação (na mulher) de trompas consiste em amarrar uma secção das trompas de Falópio, de forma a impedir que os óvulos cheguem ao útero. Ambos os procedimentos cirúrgicos são difícieis de reverter, pelo que deverão ser encarados como permanentes.


Neste post é tudo! Esperemos que tenhamos explicado bem... Caso tenham alguma dúvida, exponha-na nos comentários e responderemos de seguida! Biobeijos e bioabraços!!

2 comentários:

  1. O método do DIU é realmente seguro? Não poderá desmontar-se ou parti.se ?

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    1. Seguro é, tem uma eficácia de 98% a 99%. A nível de colocação, não diremos que é impossível o DIU desmontar-se ou partir-se, mas é muito raro. Se há possibilidade de se deslocar ou até sair do útero? Há sim, no entanto é incomum, é preciso também consultar o médico no mínimo de 6 em 6 meses para certificar-se que está tudo bem. Ainda mais raro é a possibilidade de perfurar o útero, o que poderia acontecer com, por exemplo, uma queda muito bruta. Casos assim são muito raros. O DIU tem uma durabilidade mínima de 4 anos!
      Esperemos que a resposta lhe tenha ajudado!

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