terça-feira, 24 de novembro de 2015

Doenças/Infeções Sexualmente Transmissíveis

    Atualmente, o tema das doenças sexuais, é um tema que tem tido muita atenção e vamos dedicar este post também a essas infeções.
    As relações sexuais também podem resultar em doenças, são as chamadas doenças sexualmente transmissíveis (ou DST's), que podem ser transmitidas de uma pessoa contaminada para uma saudável durante uma relação sexual.
  Existem três tipos de doenças sexualmente transmissíveis, as DST virais, bacterianas e parasitárias

    SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
    É causada por um grupo de vírus, chamado HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos: HIV-1 e HIV-2), que invadem alguns tipos de glóbulos brancos do sangue, que são responsáveis pela defesa do organismo. Assim, o vírus multiplica-se dentro das células comprometendo o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua função adequadamente,nomeadamente a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano torna-se cada vez mais suscetível a determinadas infeções e tumores, que acabam por levar o doente à morte. A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose, etc) bem como pode também passar desapercebida. Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável contaminação. Os primeiros casos de AIDS apareceram em 1979, nos Estados Unidos. O HIV passa de uma pessoa para outra através
  • do sangue e líquidos contaminados por sangue, sémen, secreções vaginais e leite materno;
  • do sexo vaginal, oral e anal;
  • do uso de seringas e agulhas contaminadas pelo vírus;
  • de mães portadoras do HIV (podem passá-lo para a criança durante a gravidez, o parto ou a amamentação);
    O período de Incubação é de 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas. Ainda não existe tratamento, mas existe vacina efetiva para a prevenção da infecção do HIV, existem também medicamentos que inibem a replicação do HIV, que devem ser usados associados, mas ainda não se pode falar em cura. É necessária também a prevenção desta doença, por exemplo com o uso do preservativo durante as relações sexuais. Relativamente à transmissão pelo sangue, recomenda-se cuidado no manejo de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver trabalhando com feridas ou líquidos potencialmente contaminados, evitar também a partilha de objetos cortantes, como facas, navalhas, giletes, etc.


    Herpes genital
   Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível extremamente contagiosa, causada pelo vírus do herpes simplex, o mesmo vírus responsável pelo herpes labial. Porém, o herpes labial é causado maioritariamente pela estirpe HSV-1, enquanto o herpes genital é causado pela estirpe HSV-2. Esta infecção pode ser facilmente transmitida por contato sexual desprotegido por via vaginal, anal ou oral. O contato sexual com uma pessoa já infetada pelo vírus e que esteja com herpes genital no momento do ato sexual, vai fazer com que contraia o vírus. O herpes genital é uma doença desagradável e extremamente desconfortável, que afeta as pessoas de forma diferente. Algumas pessoas portadoras do vírus experienciam sintomas como feridas vermelhas com comichão e vesículas com fluido, pouco tempo após serem infetadas, podendo sofrer vários surtos ao ano. Outras pessoas podem ter mais sorte e não ter sintomas durante meses ou até anos. Atualmente não é possível curar o herpes genital. Porém, os surtos individuais podem ser tratados, reduzindo as hipóteses de sofrer de um surto e curando os sintomas rapidamente, para que haja um menor risco de infecção a parceiros(as). A frequência destes surtos varia de pessoa para pessoa. Com os tratamentos para o herpes genital, o vírus pode ser tratado e controlado eficazmente e os efeitos do surto reduzidos, conduzindo o vírus novamente ao estado de latência. Medicamentos como o Aciclovir, o Valtrex e o Famvir podem ser usados para reduzir e prevenir os sintomas. 


    Verrugas genitais
   Verrugas genitais são mais uma das mais comuns doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) na Europa. São causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV) e são muito contagiosas. Um surto de verrugas genitais é normalmente caraterizado pelo crescimento de pequenas protuberâncias na zona genital dos homens e das mulheres. Este tipo de protuberâncias pode variar na coloração, geralmente de acordo com o tom de pele do indivíduo infetado. Esta DST é especialmente comum em pessoas entre os 17 e os 33 anos, apesar de poder afetar pessoas de todas as idades. Se estiver infetado(a) tem uma probabilidade de 60% de infetar o(a) seu/sua parceiro(a) sexual, mesmo que o contato sexual tenha sido único. Por este motivo, deve seguir um tratamento para as verrugas genitais o mais cedo possível, depois da infecção, para reduzir este risco. Apesar de existirem medicamentos que possam ajudar a controlar e a eliminar o surto, não existe cura para as verrugas genitais. É importante perceber que o vírus HPV que causa os surtos é incurável. 


   As infecções virais geralmente não têm cura, podendo levar a surtos recorrentes durante toda a vida. 
  
    Clamídia
    Clamídia é uma das DST's bacterianas mais comuns na Europa e a sua taxa de infecção aumenta todos os anos. Afeta frequentemente homens e mulheres jovens, com idades entre os 16 e os 25 anos. Para as mulheres, a clamídia é particularmente perigosa, uma vez que 75% das infetadas não apresenta quaisquer sintomas. Este é também o caso de 50% dos homens. Esta doença sexualmente transmissível é muito perigosa e pode levar a problemas de saúde graves se não for tratada, em especial nos órgãos sexuais. A melhor forma de saber se sofre de clamídia é consultar o seu médico, para que seja feito um teste a esta condição. 


    Gonorreia
  Gonorreia é uma doença sexualmente transmissível que tem aumentado a sua prevalência na Europa. É uma DST bacteriana causada pela bactéria neisseria gonorrhoeae. Esta doença, vulgarmente conhecida como esquentamento, é comum tanto em homens como em mulheres, tendo maior tendência em ocorrer, entre os 20 e os 24 anos nos homens e entre os 16 e os 19 nas mulheres. Pode ser transmitida por contato sexual não protegido, quer este seja anal, vaginal ou oral. A gonorreia pode também ser transmitida pela partilha de brinquedos sexuais com alguém infetado. A gonorreia é frequentemente assintomática (não exibe sintomas), porém é facilmente tratável. O diagnóstico é feito geralmente com recurso a um teste de laboratório, mesmo que não estejam presentes sintomas da infecção. Um ciclo dos antibióticos Cefixima e Azitromicina administrado simultaneamente irá erradicar completamente a infecção. 


    Micoplasma
  Micoplasma é uma doença sexualmente transmissívelcausada pela bactéria mycoplasma genitalium. Por ser uma DST recentemente descoberta, pode ser difícil de diagnosticar, uma vez que tem sintomas semelhantes à gonorreia e à clamídia, podendo ocorrer em conjunto com outras DSTs. Muitas mulheres que sofrem de vaginose bacteriana sofrem também de micoplasma. Esta infecção é considerada uma das causas principais de uretrite não-específica nos homens. Se deixada por tratar, a infecção pode levar a cervicite nas mulheres e a uretrite ou infertilidade em ambos os sexos. O micoplasma é facilmente tratável com antibióticos como a Azitromicina.

    Uretrite não-específica (UNE)
   Uretrite não-específica é uma doença sexualmente transmissível que ocorre mais frequentemente em homens, apesar de as mulheres também poderem ser afetadas. É frequentemente causada por outras doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia. Uma atividade sexual vigorosa pode também causar UNE. O termo “não-específica” refere-se ao facto de a inflamação na uretra ter uma causa desconhecida. A UNE pode ser difícil de diagnosticar, especialmente nas mulheres, por frequentemente não apresentar quaisquer sintomas. Se a uretrite não-específica não for tratada, pode levar a complicações de saúde e até à infertilidade. Contudo, é tratada eficazmente com antibióticos como a Azitromicina e a Doxiciclin Micoplasma é uma doença sexualmente transmissível também causada pela bactéria mycoplasma genitalium. Por ser uma DST recentemente descoberta, pode ser difícil de diagnosticar, uma vez que tem sintomas semelhantes à gonorreia.


    Tricomoníase
    A tricomoníase, é um exemplo de uma DST parasitária, localizada na vagina ou no trato genital masculino causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Pode ser assintomática ou causar uretrite evaginite, ocasionalmente cistite, epididimite ou prostatite. O organismo pode persistir por longos períodos no trato urinário masculino sem causar sintomas, e pode ser transmitida involuntariamente aos parceiros e parceiras sexuais. É comum a tricomoníase estar acompanhada de gonorreia e outras doenças sexualmente transmissíveis. Tricomoníase é causada por um parasita minúsculo que se transmite entre as pessoas durante a relação sexual. O período de incubação entre a exposição e a infecção pode variar de cinco a 28 dias. Muitas mulheres e maioria dos homens com tricomoníase não apresentam sintomas, pelo menos não no início. No entanto, os sintomas vaginais de tricomoníase incluem:
  • corrimento vaginal abundante e com mau cheiro, que pode ser branco, cinza, amarelo ou verde;
  • vermelhidão genital;
  • comichão vaginal;
  • dor e ardor ao urinar ou na relação sexual;
  • dor abdominal (raro).
    Os sinais e sintomas podem piorar durante a menstruação.

    Homens que têm tricomoníase raramente apresentam sintomas e geralmente não sabem que estão infectados. Entretanto, quando os sintomas ocorrem, eles incluem:
  • irritação na parte interna do pénis;
  • leve corrimento;
  • ardor ao urinar ou ejacular.
    O tratamento mais comum para tricomoníase, inclusive durante a gravidez, é tomar uma dose alta de metronidazol ou tinidazol. O medicamento ministrado por via oral é muito mais eficaz para tricomoníase que a inserção de um creme ou gel no órgão sexual.
Tanto o paciente quanto os parceiros e parceiras sexuais precisam de tratamento e evitar ter relações sexuais desprotegidas até que a infecção seja curada, o que leva cerca de uma semana.



    A maioria das DST's pode ser tratada com um ciclo de antibióticos. Mesmo no caso das doenças incuráveis como o herpes genital, os surtos podem ser facilmente controlados com medicamentos antivirais. Se teve relações sexuais desprotegidas ou tem sintomas de alguma das doenças referidas, procure ajuda médica para diagnosticar e tratar a sua condição. É importante ter em conta que se lhe foi diagnosticada uma DST, deve evitar o contato sexual com o(a) sua/seu parceiro(a) até que a infecção esteja completamente curada, caso contrário, corre o risco de transmitir a doença. 

Aborto

    Neste post abordaremos um assunto que tem sido tema de muitas conversas na atualidade: o aborto.
    Por vezes, a gestação não chega ao seu termo. Quando isso acontece, diz-se que ocorreu um aborto. 
    O aborto pode ser natural ou voluntário, mas em qualquer dos casos não constitui um método contracetivo. O aborto natural, ou espontâneo, é um processo involuntário e bastante comum. Uma em cada três mulheres grávidas aborta espontaneamente, muitas vezes antes ainda de ser aperceber que está grávida. A interrupção voluntária da gravidez pode ser feita através de uma intervenção cirúrgica ou recorrendo à pílula abortiva. A pílula abortiva RU486 contém 10 mg de mifepristone, substância análoga à progesterona, que bloqueia os recetores uterinos desta hormona, impedindo a sua ação de manutenção da gravidez. A pílula abortiva é tomada com uma pequena quantidade de prostaglandinas, para induzir contrações uterinas. 




    Todos os indivíduos com uma vida sexual ativa devem ter sempre presente que uma contração adequada permite que a criação de uma nova vida humana ocorra de uma forma consciente e desejada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Artigos e notícias!!

Desta vez, trazemos dois artigos relacionados com os nossos mais recentes temas: a infertilidade. http://observador.pt/2015/11/13/infertilidade-transplante-do-utero-pode-solucao/
http://cidadeverde.com/noticias/193476/fatores-que-afetam-a-fertilidade-feminina-e-voce-nem-imaginava. Já sabem, se tiverem algum artigo ou notícia interessante, publiquem nos comentários!! 

Técnicas de Reprodução Medicamente Assistida

    Num dos post’s anteriores falamos sobre a Infertilidade Humana e a Reprodução Assistida - http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/11/infertilidade-humana-e-reproducao.html, no post de hoje vamos falar sobre as técnicas para combater a infertilidade.


1.  Inseminação artificial on IUI (Intra-Uterine Isemination

   Pela inseminação artificial dá-se a transferência mecânica de espermatozoides, previamente recolhidos, tratados e selecionados, para o interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação. Este tratamento simples permite aumentar as hipóteses de fecundação.



2.  Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization)

   Esta técnica consiste na recolha de oócitos e de espermatozoides e da sua junção em laboratório. Previamente, administram-se à mulher substâncias que estimulam a produção de oócitos pelos ovários. Seguidamente, um ou mais oócitos são recolhidos por laparoscopia ou passando uma agulha através da parede vaginal. Só depois os gâmetas masculinos e femininos são misturados. A fecundação ocorre em ambiente extracorporal, numa placa de Petri. O zigoto ou zigotos continuam a ser incubados in vitro no mesmo meio e que ocorreu fecundação, até que se dêna sua segmentação.
   Na realidade, a técnica IVF-ET (Embryo Transfer) completa-se com a transferência do embrião ou embriões (no estado de 2 a 8 células), para o útero, para que se possam implantar e desenvolver.
   A IVF-ET foi a primeira metodologia de reprodução assistida adotada para casais estéreis, dando origem, em 1978, ao nascimento do primeiro bebé concebido fora do corpo da mãe.





3.  Injeção intracitoplasmática de espermatozoides ou ICSI (Intra Cyto-plasmatic Sperm Injection)

   Esta técnica consiste na microinjeção de um único espermatozoide diretamente no citoplasma de um oócito. Seguidamente, o embrião é implantado segundo a mesma técnica utilizada na IVF-ET. 
   A ICSI representou um grande passo no tratamento da infertilidade masculina, aquando do seu aparecimento, em 1992.
   Uma vez que permite escolher o espermatozoide a utilizar, é usada numa grande variedade de situações, incluindo baixa contagem de espermatozoides, baixa motilidade, elevada percentagem de espermatozoides com forma anormal, obstrução ou vasectomia, etc. 
   Em muitos casos, a utilização da ICSI implica a obtenção de espermatozoides por via cirúrgica.



4.  Transferência intratubárica de gâmetas ou GIFT (Gamete Intrafallopian Transfer)

   Através da GIFT, os dois tipos de gâmetas (espermatozoides e oócitos, previamente isolados) são transferidos para o interior das trompas de modo que só aí ocorra a fusão. Neste caso, a fecundação tem lugar in vivo
   A GIFT foi utilizada em seres humanos, pela primeira vez, em 1984.



5.  Transferência intratubárica de zigotos ou ZIFT (Zygote Intrafallopian Transfer)

   Nesta técnica, ambos os tipos de gâmetas são postos em contacto in vitro, em condições apropriadas para a sua fusão. O zigoto ou zigotos resultantes são então transferidos por laparoscopia para o interior das trompas. 


6.  Diagnóstico genético pré-implantação, Biópsia de embriões ou PGD (Perimplantation Genetic Diagnosis)

   As técnicas citogenéticas atuais permitem realizar um diagnóstico genético a uma única num período tão curto como a 4 ou 5 horas (os métodos clássicos geralmente requerem 10 a 15 dias e um elevado número de células). O PGD consiste na extração de um único blastómero de um embrião com 6 ou 8 células, sem o danificar (biópsia do embrião) e na sua caraterização cromossómica, antes de o transferir para o útero. Desta forma, pode-se efetua o rastreio de aneuploidias.




7.  Crioconservação de gâmetas e de embriões
   A conservação de espermatozoides e embriões excedentários por congelação a baixas temperaturas (geralmente recorrendo a azoto líquido, obtendo-se temperaturas abaixo dos -196 °C) é muito útil, sobretudo em situações de declínio de fertilidade. Em relação aos oócitos, ainda não existe uma técnica de crioconservação clinicamente satisfatória. A aplicação de qualquer técnica de reprodução assistida deve ser precedida de uma avaliação das causas da infertilidade. É importante que ambos os elementos dos casal sejam examinados, de forma a que se possa escolher o tratamento mais adequado à situação. Em cerca de 10% dos casos não é possível determinar as causas da infertilidade, mas mesmo nesses casos é ainda possível uma intervenção médica. As taxas de sucesso dos tratamentos contra a infertilidade variam de acordo com a técnica utilizada e de acordo com algumas outras condições, tais como a idade da mulher ou a duração da infertilidade anterior ao início do tratamento.



Por hoje é tudo!! Biobeijos e bioabraçooos!!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Conhecer os métodos contracetivos: Pílula

Neste tema de "Conhecer os métodos contracetivos", iremos aprofundar alguns métodos contracetivos (http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/11/metodos-contracetivos-nao-naturais.html - http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/10/contracecao.html), falar tudo sobre ele e se ainda assim continuares com dúvidas pergunta nos comentários! Se queres que falemos de algum método contracetivo específico deixa também nos comentários! 

Sabes como funciona a pílula? Tens alguma dúvida? Vamos explicar de seguida como a pílula atua no organismo das mulheres e no ciclo sexual.

Contrariamente ao que se ouve às vezes... Não é preciso ter uma idade específica para tomar a pílula. E muitas vezes associa-se "tomar a pílula" com "não engravidar", nem sempre o fim da pílula é esse. A toma da pílula é relacionada também com problemas de acne, dores menstruais, menstruações abundantes e irregulares e excesso de pêlos
Antes de iniciares o uso da pílula é necessário consultares o teu médico, ele irá dizer-te qual a pílula recomendada para ti e como tomá-la, também deves informar profissional de saúde que medicamentos (se) estás a tomar ao mesmo tempo, a saber se existe interação entre os medicamentos e a pílula, e quais as precauções/cuidados adicionais que deve ter, visto que, por exemplo, antibióticos podem inibir o efeito de pílula.
Para tomar a pílula pela primeira vez deve-se tomar o primeiro comprimido no primeiro dia da menstruação. Nas pílulas combinadas - aquelas que se tomam durante 21 dias e faz-se uma pausa durante 7 dias - durante a pausa de 7 dias não é necessário o uso de outro método contracetivo, se durante os 21 dias a pílula foi tomada corretamente. Caso te esqueças de tomar a pílula: se o esquecimento for de menos 12 horas podes tomar imediatamente a pílula e continuar a tomar normalmente até ao final da caixa e a eficácia permanece; se o esquecimento já tenha passado mais de 12 horas, a eficácia contracetiva pode ter diminuído. Neste caso, deves ler o folheto informativo que se encontra na embalagem do teu contracetivo e seguir as instruções. Se tiveres dúvidas, consulta o teu médico.
A pílula faz efeito logo no primeiro dia, mas é aconselhável voltar a ter relações sexuais quando a caixa terminar, ou usar outro método contracetivo enquanto a caixa não termina.
A pílula combinada tem uma eficácia de 0,1 a 1 (gravidezes em 100 mulheres/ano) e a progestativa de 0,5 a 1,5. 
Como deves saber a pílula não previne das doenças sexualmente transmissíveis, mas tem as vantagens de: não interferir no ato sexual, reduzir em 50% o risco de cancro dos ovários e do endométrio e diminui a incidência de quistos funcionais do ovário e a doença poliquística.
Nos três primeiros meses após o início da toma da pílula são visíveis (não em todas as mulheres) efeitos secundários como náuseas, dores de cabeça, sensibilidade nas mamas, inchaço e ligeiro aumento de peso e amenorreia (ausência de menstruação).
A principal forma de ação da pílula anticoncepcional é impedir que ocorra a ovulação, ou seja, se a pílula for usada corretamente ela impede o amadurecimento e saída do óvulo do ovário, impedindo assim que ocorra a fecundação (encontro do óvulo com o espermatozóide).
A pílula produz também alteração no muco cervical (engrossamento), dificultando assim a passagem dos espermatozóides pelo colo do útero.




   
Esperemos que este post tão grande (ahah) tenha-te esclarecido as dúvidas, se ainda continuares com alguma, não hesites em colocar nos comentários! Estamos aqui para te ajudar! Biobeijos e bioabraços!! 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Infertilidade Humana e Reprodução Assistida

     Nos post's anteriores (http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/11/metodos-contracetivos-nao-naturais.html - http://greenspaceforeverybody.blogspot.pt/2015/10/contracecao.html), falamos dos métodos contracetivos, de modo a prevenir uma gravidez. Neste post, iremos falar dos casos opostos, em que nem há possibilidade (temporária ou permanente) de conceber um filho e/ou levar uma gravidez até ao fim, chama-se a essa incapacidade: infertilidade.
   
   Considera-se que existe um problema de infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente e sem utilizar contraceção durante um período de um ano, sem que ocorra uma gravidez. 
  Segundo a Organização Mundial De Saúde (OMS), a infertilidade é uma doença que atinge cerca de 15% dos casais europeus em idade reprodutiva.
      A infertilidade pode ter origem na mulher, no homem ou em ambos. Um pouco mais de 52% dos casos conhecidos de infertilidade estão relacionados com fatores femininos. Nos restantes casos, o contributo é masculino. Mas em cerca 1/3 dos casos totais existem causas de infertilidade em ambos os elementos do casal. 
      Na base dos diversos problemas de infertilidade podem estar vários fatores, tais como: problemas genéticos, malformações congénitas, fatores imunitários (disfunção eréctil ou dificuldades na ejaculação) e distúrbios hormonais (diminuição do número de espermatozoides - conforme o homem fica mais velho, pouca mobilidade dos espermatozoides, espermatozoides anormais, ausência da produção de espermatozoides). Deve-se também tomar em consideração que a fertilidade pode ser afetada, em termos individuais, como a alimentação, o tabagismo, o estado de saúde geral ou, no caso da mulher, a idade e a amamentação. Existem também diversas doenças que podem provocar a infertilidade. É o caso de diversas infeções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, a gonoreia ou clamídia, caso não sejam tratadas a tempo. Também as operações cirúrgicas nas quais sejam extraídos ambos os ovários (ovariotomia) ou o útero (histerectomia), à mulher, ou ambos os testículos, ao homem, provocarão esterilidade.
      O stresse também está associado à infertilidade, seja como causa ou como consequência. O stresse crónico pode mesmo conduzir a disfunções hormonais, que na mulher afetam a função ovulatória e no homem afetam a produção normal do esperma.
      Durante muito tempo, a infertilidade foi motivo de vergonha e até de descriminação social. Atualmente, é encarada como uma doença, existindo diversas técnicas  para o seu tratamento. Alguns dos tratamentos disponíveis são efetuados através de medicação, de cirurgia, ou, então, através de técnicas laboratoriais que permitem a manipulação e seleção de gâmetas e embriões, bem como a sua conservação, a promoção da fecundação ou a implantação de embriões.




     Por agora é tudo, já sabem, alguma dúvida estamos aqui para vos esclarecer. Biobeijos e bioabraços!!! 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Artigos e notícias nacionais!!

Encontramos recentemente um artigo que achamos interessante e relevante, que completa as nossas publicações anteriores. Sempre que encontramos notícias assim, publicaremos aqui com o mesmo título desta publicação! Se encontrarem também notícias interessantes não tenham qualquer problema em publicar o link nos comentários!
Esta aqui fala sobre uma revolucionária pílula masculina, foi postada no dia 23 de junho deste ano ainda! http://observador.pt/2015/06/23/vem-ai-pilula-masculina-promete-revolucionar-contracecao/

Contraceção

Como foi prometido, neste post falaremos dos métodos contracetivos não naturais!

Métodos contracetivos não naturais

   Estes métodos impedem a gravidez através de dispositivos locais, de medicamentos com hormonas sexuais sintéticas ou intervenções cirúrgicas.

1.    Contraceção hormonal
      A contraceção hormonal é, geralmente, administrada por via oral. As pílulas contracetivas mais comuns são as combinadas, isto é, contêm estrogénio sintético e progestagéneo (semelhante à progesterona), que desencadeiam um mecanismo de feedback negativo sobre o complexo hipotálamo-hipófise, impedindo a ovulação. Em cada 28 dias, uma pílula combinada é tomada diariamente, durante 21 dias, seguindo-se 7 dias sem tomar.
      Existem, também, as pílulas progestativas, que contêm apenas progestagéneo, cujo efeito principal, para além do impedimento da ovulação, é uma alteração no muco cervical, de forma a que este impeça a entrada de espermatozoides no útero. Essas pílulas são de toma diária, sem interrupção.
     A contraceção hormonal não é feita apenas por via oral. É possível, por exemplo, injetar progestagéneos sintéticos ou colocar implantes subcutâneas, anéis vaginais ou adesivos contendo estas hormonas. 


              Pílula Combinada                                                                                                          Pílula Progestativa




Implante subcutâneo



Anel Vaginal



Adesivo
2.    Dispositivos intrauterinos
      Os dispositivos intrauterimos (DIU) são pequenas peças de plástico ou de metal, que se inserem na cavidade uterina, de forma a impedir a implantação do embrião no endométrio. Os DIU podem ser inertes ou ativos. Neste último caso, libertam substâncias como cobre ou hormonas que dificultam a proliferação do endométrio.

3.   Espermicidas
      Os espermicidas são substâncias que se introduzem na vagina antes do ato sexual e que inativam ou matam os espermatozoides. Podem ter várias apresentações (cremes, espumas, esponjas, cones e comprimidos vaginais). Quando usados isoladamente, têm uma baixa eficácia, sendo muitas vezes usados em conjunto com outros métodos.


4.    Métodos de barreira
     A função destes métodos é impedir o encontro dos gâmetas masculino e feminino. Em todos os casos é necessário colocar o dispositivo antes do coito. Os preservativos, para além de serem um método contracetivo, conferem proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

4.1. O preservativo masculino é uma fina membrana, normalmente feita de látex, deve ser colocada no pénis assim que este fica ereto, antes da penetração, após a ejaculação deve-se retirar com cuidado. Cada preservativo não reutilizável.


4.2. O preservativo feminino consiste numa membrana de poliuretano, que deve ser inserida na vagina antes da penetração. Tal como o preservativo masculino só utilizado uma vez.


4.3. O diafragma é uma membrana de borracha que se insere na vagina antes do coito, de forma a cobrir o cérvix, impedindo o acesso dos espermatozoides no interior do útero. O diafragma pode ser reutilizado e se bem higienizado pode ser usado até 3 anos. Deverá permanecer colocado entre 6 e 24 horas após a relação sexual. É aconselhável o uso em simultâneo de espermicida.


5.    Contraceção cirúrgica
      A contraceção cirúrgica resulta num impedimento permanente da libertação de gâmetas e pode ser efetuada no homem ou na mulher.

5.1. A vasectomia (no homem) é um processo cirúrgico simples e rápido que consiste no corte dos canais deferentes, de forma a impedir que os espermatozoides passem para a uretra. Não é uma castração e não afeta os testículos. Após a cirurgia continua a haver ejaculação embora o líquido ejaculado não contém  espermatozoides.


5.2. A laqueação (na mulher) de trompas consiste em amarrar uma secção das trompas de Falópio, de forma a impedir que os óvulos cheguem ao útero. Ambos os procedimentos cirúrgicos são difícieis de reverter, pelo que deverão ser encarados como permanentes.


Neste post é tudo! Esperemos que tenhamos explicado bem... Caso tenham alguma dúvida, exponha-na nos comentários e responderemos de seguida! Biobeijos e bioabraços!!